sexta-feira, 22 de março de 2013

Jean Wyllys elogia decisão da Justiça paulista sobre casamento

Jean Wyllys critica postura
conservadora de Dilma


Entrou em vigor, desde a zero hora de hoje, 1 de março de 2013, em todo o Estado de São Paulo, uma decisão da Justiça que garante o acesso ao casamento civil para casais homossexuais. Para o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), esta conquista do Estado é importante não só para a comunidade LGBT, mas para toda a sociedade. Entretanto, ele afirma que “é uma decisão amparada pelo Judiciário, esta discussão deveria partir do Legislativo, no Congresso, para ter peso de lei”. Em conversa com o Mix, ele também não deixou de dizer o que pensa sobre a presidente Dilma Roussef quando o assunto é Direitos Humanos.



A partir desta sexta-feira, o casamento civil é válido também para casais homoafetivos no Estado de São Paulo. Como você enxerga esta conquista?
É um passo importantíssimo. Mas, o importante a dizer é que a vitória foi conquistada pela marcha no Judiciário e uma decisão como esta precisa ser do Legislativo, no Congresso. Somos nós que temos que votar para que garantir que o casamento civil a homossexuais tenha peso de lei e não haver insegurança jurídica, para que em todos os Estados a lei seja aprovada.


São Paulo é um importante Estado. Com o casamento homoafetivo aprovado nele, o Judiciário de outros Estados podem se inspirar e buscar uma equiparação?
Acho que sim, pode  sim. O Estado de São Paulo é rico, tem sua importância no País e ele pode dar força para outros Judiciários e também dar força no Congresso para que a lei seja aprovada com seu peso.


O Governo dos Estados Unidos quer revogar uma lei que proíbe o casamento homoafetivo. É uma decisão que veio do Governo, quais são os contrastes políticos entre Brasil e Estados Unidos quando o tema é direitos LGBT?
Embora eu tenha minhas críticas ao presidente Barack Obama, costumo fazer a seguinte comparação: o presidente Obama não se isenta da responsabilidade dele com seu programa político, com a laicidade do Estado, com seu compromisso com o povo. Obama está anos luz à frente da presidente Dilma quando falamos de direitos civis. No Brasil, em nenhum dos fóruns que ela participou ela mencionou os homossexuais. É como se não existíssemos. Se nós não existimos para a Presidente, como vamos existir para a sociedade? Lá, o presidente é mais corajoso, ele coloca o diferencial étnico dele em meio aos dramas sociais. Embora a Dilma seja mulher, o governo dela está mais preocupado em manter o poder. Obama é muito mais de esquerda do que ela. Ele pensa nos direitos civis, tem isso não só no seu discurso. Já o governo Dilma está preocupado em alianças com partidos conservadores para se manter no poder a qualquer custo.


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