Camisinha sempre!
A folia é marca registrada do Carnaval. Faz parte da festa pular, dançar e se divertir. Caso role aquele clima, não se esqueça de usar preservativos. Essa é a ideia que se tenta passar aos jovens há muitos anos para controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). "Somente usar camisinha não é passaporte para o sexo seguro”, adverte o ginecologista Gines Henrique Martines, gerente médico da Central Nacional Unimed.
A presunção de que toda e qualquer DST seja evitada pelo uso regular de preservativos na relação sexual faz com que a incidência destas doenças, especificamente no jovem brasileiro, ganhe uma progressão geométrica, critica Martines. O especialista adverte que a preocupação com a contaminação pelo vírus HIV mascarou a existência, por exemplo, do Papiloma Vírus Humano (HPV). Esse vírus ao acoplar seu material genético ao das células normais do órgão genital feminino ou masculino pode transformá-las em células patológicas provocando o câncer genital, "tão grave e tão devastador à saúde humana como a AIDS".
Para a prevenção da DST, enfatiza Martins, além da importância de usar camisinha, é fundamental explicar que o conceito de 'sexo seguro' deve ser substituído pelo de 'sexo responsável'. Para isso, na escolha do parceiro, devem ser conhecidos os hábitos sexuais, de higiene e de consumo. Vale ressaltar ainda que o risco de se contrair uma DST é maior entre aqueles que têm mais de um parceiro sexual.
Martines lembra, também, que outras DST perderam importância ao longo das ultimas décadas, devido ao advento de antibióticos eficazes, mas voltaram a afetar as populações: sífilis, gonorreia, herpes genital e alguns fungos.
"Evidentemente que, no sexo casual, é fundamental a utilização de preservativos durante todo o ato sexual, já que inúmeros desses micro-organismos não se transmitem por fluidos, e sim pelo simples contato das mucosas genitais." Uma última observação do médico: “esses cuidados não valem somente para os quatro dias do Carnaval. Devem sempre ser considerados”.
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