quarta-feira, 13 de março de 2013

Diretor do Ministério da Saúde fala sobre o tratamento para quem se expôs ao vírus da Aids

Eduardo fala sobre prevenções contra DSTs


A preocupação com doenças sexualmente transmissíveis, como AIDS e hepatites virais, aumenta durante o Carnaval. Conversamos com o diretor-adjunto do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, sobre o trabalho da pasta na conscientização da população sobre como se prevenir contra essas doenças e quais serão as ações do Governo durante todo o feriado.



Quais foram as principais campanhas promovidas pelo Ministério da Saúde antes do Carnaval 2013 para a prevenção das transmissões de AIDS, hepatites virais e outras DSTs?
Ao longo do ano, a gente tem trabalhado com o conceito de “comunicação e saúde”. Estamos trabalhando a comunicação para a população com maior vulnerabilidade, com a construção de materiais de prevenção que podem colaborar dentro de diversos segmentos. Por exemplo, durante todo o ano fizemos oficinas para lésbicas e jovens gays. No próximo mês, teremos oficinas focadas para prostitutas. Com essas oficinas de nível nacional, atitudes regionais podem ser tomadas de acordo com a necessidade de cada local. Além disso, a gente tem investido na conscientização por meio das redes sociais com campanha anuais como as campanhas contra AIDS e a Hepatite B.


Essas campanhas existem há quanto tempo?
Elas acontecem há muito tempo, a mais recente é a da hepatite, que existe há dois anos.


No casso desta campanha mais recente, quais são os resultados que vocês já obtiveram?
Hepatite é uma doença bastante silenciosa, então temos uma grande dificuldade de encontrar as pessoas com o vírus. Por exemplo, antes das campanhas nós tínhamos 2 mil casos registrados, hoje já são cerca de 14 mil casos. Com os testes rápidos disponíveis nos postos de saúde e nos hospitais, fica mais fácil o diagnóstico da doença e assim um melhor atendimento e tratamento para estas pessoas. Também, o Ministério da Saúde trabalha com outras ações como o aumento da data limite para vacinação contra hepatite, de 24 para 29 anos.


Além da promoção de campanhas de incentivo ao uso de preservativo, amplamente divulgado pelo Governo e pela mídia, existem outro métodos que podem colaborar para a não proliferação de DSTs?
O uso do preservativo é o método mais eficaz, já que ele previne a transmissão de diversas doenças, mas para além do preservativo, durante o Carnaval, nos grandes centros de aglomeração como Olinda, São Paulo, Rio, Fortaleza e Recife, estamos ampliando a rede de atendimento rápido conhecida como “Fique sabendo”, que conta com uma equipe de profissionais atendendo turistas e moradores que querem fazer o teste rápido. Lá eles contam com todo o suporte adequado para o exame, e  o resultado sai no máximo em 30 minutos. Já para aqueles indivíduos que foram vítimas de violência sexual, rompimento de camisinha ou tiveram contato com objetos cortantes infectados, é importante que dentro de 72 horas procurem um pronto atendimento, lá é possível fazer uma terapia de exposição sexual. O paciente é submetido a um tratamento com medicamentos retrovirais e tem a chance de anular o vírus antes que ele chegue ao sistema imunológico. Este serviço é de interesse público e deve ser amplamente divulgado. Estamos enviando mais medicamentos retrovirais para as cidades com maior concentração de foliões.


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