Em forma de livro, a publicação une diversas visões sobre a doença focando o sexo masculino, tanto homens que fazem sexo com outros homens (HSH) quanto os heterossexuais, representando uma quebra do paradigma de que a AIDS é uma “doença gay”. A iniciativa é do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP, do Programa Estadual DST/Aids-SP e da Coordenadoria de Controle de Doenças.
“Com esse livro a gente espera atingir mais a população de homens no acesso à testagem. Ser cada vez mais criativos”, explicou Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids. Ela destacou como um dos principais desafios a serem superados com relação aos homens a resistência que eles têm em ir ao médico. “O diagnóstico tardio ainda é um problema. Ainda não resolvemos todas as questões.”
“São sete mil novos casos a cada ano no Estado. Dos 212.551 casos notificados até junho de 2011, 145.340 eram entre homens”, enumerou Ivone Aparecida de Paula, da Gerência de Prevenção. Ela destacou ainda que é importante que “se a pessoa foi infectada ela precisa saber que está infectada”, colocando do teste de HIV como uma arma importante nessa luta.
De acordo com Ivone, um dos objetivos do material lançado nesta sexta é “facilitar o acesso do homem aos serviços de saúde”, adicionando que “a gente tem percebido um aumento do número de casos entre os HSH com relação aos héteros”. A obra tem organização de Ivone juntamente com as especialistas Renata Galli Barbosa e Patricia Helena Marques.
Ela é dividida em duas partes: a primeira é teórica e traz dados sobre os casos de HIV no Estado, além de falar sobre saúde do homem, medos masculinos e produção de materiais didáticos sobre o assunto. Já na segunda parte estão experiências bem sucedidas de iniciativas de prevenção à AIDS em municípios paulistas.
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